Mais que um Bom Dia: A Revolução do Amor Aconchegante na Nossa Igreja

Você já parou para pensar no poder transformador de um simples “bom dia”? Não aquele dado por obrigação, no piloto automático, enquanto os olhos já procuram o próximo banco. Falo daquele “bom dia” que vem acompanhado de um sorriso genuíno, um aperto de mão firme ou – por que não? – um abraço caloroso. Aquele que transmite, sem palavras: “Estou feliz que você está aqui. Você é importante.”


Em um mundo cada vez mais digital, rápido e individualista, a igreja deve ser um oásis de calor humano. E não é apenas uma “estratégia de crescimento”. É a essência do evangelho que professamos. Jesus não nos chamou apenas para crer, mas para pertencer. E o pertencimento começa com uma amizade autêntica, com uma hospitalidade que brota do coração.


Por que Ser Amigável é Uma Questão de Fé?


Às vezes, podemos subestimar a importância de ser amigável, como se fosse um detalhe opcional da vida da igreja. Mas as Escrituras são claras:





  • Romanos 15:7 nos exorta: “Portanto, recebam-se uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para a glória de Deus.” Cristo nos recebeu em nossa imperfeição. Será que estamos dispostos a receber o outro com a mesma graça?




  • 1 Pedro 4:9 é direto: “Sejam hospitaleiros uns com os outros, sem reclamação.” A hospitalidade não é um dom para poucos, é um mandamento para todos.




  • Hebreus 13:2 nos dá um lembrete poderoso: “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos.”




Quando somos amigáveis, não estamos apenas “sendo educados”. Estamos refletindo o caráter acolhedor de Cristo. Estamos sendo as mãos e os pés de Jesus para aquele visitante solitário, para a nova família que se mudou para a cidade, ou até mesmo para aquele irmão que está passando por uma luta silenciosa.


Para Além do “Boa Noite, Paz do Senhor”: Práticas de uma Amizade que Impacta


Ser amigável vai muito além das saudações na porta. É uma postura ativa. Vamos pensar em algumas maneiras práticas de vivermos isso:





  1. Seja um “Caçador de Olhares Perdidos”: Ao entrar no santuário, em vez de correr direto para seu grupo de amigos, faça uma varredura visual. Procure por alguém sozinho, com uma expressão hesitante. Tome a iniciativa. Apresente-se. “Olá, eu sou a Maria. É a primeira vez que nos vemos? É um prazer ter você aqui!”




  2. Faça Perguntas que Vão Além da Superfície: Em vez de apenas “Tudo bem?”, que quase sempre recebe um “Tudo, graças a Deus!” automático, tente perguntar: “Como tem sido sua semana?” ou “Há algo em que possamos orar por você?”. Mostre genuíno interesse na resposta.




  3. O Ministério do Banco de Trás: Muitos pensam que os lugares do fundo são para os “atrasados” ou “distraídos”. Que tal transformá-los nos “lugares estratégicos da amizade”? Sente-se atrás de vez em quando. Assim, você pode cumprimentar e notar quem chega, quem está sozinho e quem pode precisar de um auxílio para encontrar um hino ou uma passagem bíblica.




  4. O Convite que Quebra Barreiras: “Vem tomar um café conosco depois do culto?” ou “Nossa classe de EBD está estudando um tema fantástico, que tal vir conhecer?”. Um convite simples pode ser a ponte que faltava para alguém se sentir parte da família, e não apenas um espectador.




  5. Lembre-se dos Nomes (e Use-os!): Não há som mais doce para uma pessoa do que o seu próprio nome. Faça um esforço para lembrar. Se esquecer, não há problema: “Desculpe, meu nome é João. Qual era o seu nome mesmo?”. Isso demonstra que a pessoa é memorável para você.




  6. Seja Presente Além das Quatro Paredes: A amizade na igreja não termina quando o culto acaba. Um telefonema durante a semana, uma mensagem de texto para saber como foi a consulta médica, um prato de comida em um momento de dificuldade. São gestos que falam mais alto que mil sermões.




Um Desafio Para Cada Um de Nós


Irmãos, ser uma igreja amigável não é tarefa apenas dos diáconos, dos pastores ou da “comissão de boas-vindas”. É um ministério de cada crente. Cada um de nós é um anfitrião da casa de Deus.


Na próxima vez que você pisar no pátio ou no santuário da nossa igreja, faça uma oração silenciosa: “Senhor, usa-me hoje para ser uma bênção. Coloca em meu caminho alguém que precise de um sorriso, de uma palavra, de um amigo.”


Você pode ser a resposta à oração de alguém que chegou aqui hoje pedindo a Deus um sinal de que Ele é real. E muitas vezes, esse sinal não vem através de um milagre espetacular, mas através do abraço caloroso e da amizade sincera de um irmão em Cristo.


Vamos juntos fazer da nossa igreja não apenas um lugar de sã doutrina e louvores fervorosos, mas um lugar onde o amor é palpável, a amizade é contagiante e ninguém é invisível.


Que quem entrar entre nós, saia dizendo: “Uau, que povo acolhedor! Aqui eu me senti em casa. Aqui eu senti o amor de Jesus.”

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